
O universo religioso está cada vez mais pluralizante. Divididos em várias denominações, caracterizadas por suas diversidades de doutrinas, os movimentos religiosos tentam dá uma resposta para os principais problemas e necessidades do homem moderno. Isso explica o crescimento de grupos pentecostais, que diante da realidade de empobrecimento, desemprego, fome, caos social, em que está mergulhado um grande contingente da população, prometem uma solução imediata para as calamidades existentes. Basta ter fé, pra se ter a vitória. O remédio para a problemática social é a exorcização dos demônios, responsáveis por essa situação, afirmam os pentecostais.
Diante de todos esses desafios, qual o caminho para se construir um mundo melhor, um novo céu e uma nova terra (Is. 65,17), onde haja paz e harmonia (Is. 11,6-9), onde não haverá crianças que vivam alguns dias apenas, nem velhos que não cheguem a completar seus dias (Is. 65,20 a), onde não haverá a exploração do homem pelo homem, mas todos usufruirão do fruto do seu trabalho (Is. 65,21-23)? Qual a saída para criarmos um mundo novo, onde a base é a unidade, onde o lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão comerá capim junto com o boi (Is. 65,25 a), como tão bem sonhou o profeta nessa metáfora?
A resposta para essa realidade complexa está no ecumenismo, nome de origem grega, oikoumene, que significa mundo habitado ou ainda aquilo que pertence a este mundo, designa o movimento religioso surgido nas igrejas protestantes dos Estados Unidos e da Europa, que tem como finalidade a promoção da unidade entre as diversas religiões.
Ecumenismo é um assunto polêmico e desconhecido por muitos, por isso, o diálogo tem sido ainda impossível em várias denominações religiosas. Urge que façamos uma reflexão profunda sobre o assunto:
É possível o diálogo entre as religiões num mundo marcado pela diversidade, divisão e concorrência religiosa? O que é ecumenismo e o que propõe este movimento? Quais os desafios para a concretização do diálogo ecumênico?
O ecumenismo exige contínua conversão para a vivência do diálogo, para a valorização do outro, para a unidade. Esta é a mais alta vocação do homem: entrar em comunhão com Deus e com seus irmãos (1Jo. 1,3). O apelo para essa fraternidade universal e feito pelo próprio Jesus: Pai Santo...,para que eles sejam um, assim como nós somos um (Jo. 17,11).
Cristo com sua morte derrubou o muro da separação a fim de levar todos a reconciliação (Ef. 2, 14-16). Por meio de Cristo, podemos, uns e outros, apresentar-nos diante do Pai, num só Espírito (Ef. 2,18).
A divisão não é obra de Deus, mas do homens, que movidos por uma ação maligna (dia-bos, do grego, aquele que divide), se fecham em suas particularidades. Deus quer a unidade, por isso, o Apóstolo Paulo, combatendo as divisões, intrigas existentes na comunidade de Corinto (lCor. 1,11), convida os irmãos para que mantenham-se de acordo uns com os outros, para que não haja divisões (1Cor. 1,10).
O ecumenismo apesar de ser uma realidade vivida entre algumas igrejas, ainda é um utopia, pois são inúmeras as denominações que estão indiferentes a proposta do diálogo ecumênico, por acreditarem, que seja um meio da Igreja Católica arrebanhar fiéis que migraram para as diversas religiões. Os maiores empecilhos para a unidade tem sido de ordem teológica e doutrinal, como também, a arrogância religiosa e o proselitismo, que fazem dessas igrejas competidoras de almas.
A espiritualidade do diálogo consiste em estarmos abertos para acolher o outro nas suas diferenças. Para isso, faz-se necessário a superação dos instintos egoístas: discórdia, a rivalidade, divisão, sectarismo (Gl. 5,19-21), para uma atitude de humildade, colocar-se a serviço do outro, por meio do amor (Gl. 5,13b) que, tudo desculpa, tudo crê, tudo supera, tudo suporta (1Cor. 13,7).
3 comentários:
Amos 3:3 diz:Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?
O senhor é a favor deste movimento?
Vejo uma aproximação a união homoafetiva.
O que sou contra.
Cristo não terá piedade.
Diferenças são corrigidas com a palavra de Deus.
A palavra de Deus deve manter sua interpretação no Sagrado, não em conceitos pessoais e ideológicos
Deus é amor!
mas me parece que amor nem tudo suporta, né meu irmão.
Será que Deus deixará de ser misericordioso, que perdoa 70 x 7? ou ele deixará de amar o próximo assim como vc está deixando? e está preferindo julgar? Amai o teu próprio inimigo, bom ele não é inimigo de ninguem talves é uma mulher que resolver amar outra, e querendo ou não, podem viverem juntas, e talves tenha maior amor (Deus) que aqueles que julgam que Cristo nao vai ter piedade, olha que até os ladrões que morrem com ele, Cristo os salvou... assim como tb acredito que vai te salvar querido irmão sem nome, anônimo!
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