O MEIO-DIA DA MINHA E DA SUA VIDA


Ao recordar os belos momentos da minha infância querida nas terras interioranas potiguares, sou tomado pela lembrança da hora do meio-dia, quando junto com meus amados irmãos, sentávamos à mesa para saborear aquela comida deliciosa, temperada com amor e carinho, que só a mãe sabia preparar. Velhos tempos, belos dias.

Na hora do meio-dia, gostava de escutar o cantar do vim-vim, pássaro tão conhecido na minha região. Quando esse pássaro cantava e nos encantava, era comum respondermos: “se for bom venha, se for ruim vá embora”, pois, segundo a tradição de nossos pais, o seu canto anunciava que uma visita estava para chegar.

Depois de mais de vinte anos que não escuto o canto do vim-vim, pois não há espaço para ele na grande cidade onde moro, ou porque o mesmo já se encontra entre aqueles pássaros ameaçados de extinção, redescubro um novo sentido do meio-dia. Esta descoberta seu deu a partir da meditação da Sagrada Escritura. Nela, descobri que o meio-dia não significa simplesmente a hora da visita de alguém, mas o tempo sagrado do encontro do homem com Deus. Ele é a visita ilustre que possibilita ao homem entrar numa relação de diálogo e de intimidade, e, ao bater na porta do seu coração, espera encontrar hospitalidade.

O presente texto tem como finalidade apontar um sentido bíblico e antropológico acerca do meio-dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou de Salvador-Ba. Trabalho numa Pedreira e em frente ao escritório existem árvores onde todos os dias aparece um pássaro igual a este. Fico a contemplá-lo maravilhado com sua beleza. Seu canto simples e belo transmite paz e me dá equilíbrio. Sempre busco vê-lo e ouvi-lo para só então iniciar meu dia de trabalho.
Antonio Cesar Oliveira.