"IGREJA UNIVERSAL: DO REINO DE DEUS???"


De tanto ouvir falar da Igreja Universal do Reino de Deus, decidi, juntamente com um confrade, fazer uma visita à “catedral da fé” ( templo maior da “Universal” nas regiões metropolitanas). Fui com o intuito de conhecer um pouco mais sobre este fenômeno religioso. Chegando ao templo, fomos bem acolhidos pelos obreiros (as), jovens, senhores e senhoras bem trajados, que me fizeram lembrar os funcionários do Shoping Center; recebemos a oração ungida do salmo 91 para que colocássemos no local da nossa enfermidade. Envolvidos por uma música alegre, em rítimo do axé baiano, fomos convidados, após uma oração de cura e libertação, a fazer uma oferta.
A “sessão” (nomenclatura própria das religiões afro-brasileiras) tinha a seguinte estrutura: Música – oração – oferta. A cada oração as pessoas eram motivadas a fazer uma oferta em dinheiro (não menos de dez reais). Segundo o “pastor” só receberia a bênção quem desse o seu tudo. Não tínhamos dinheiro, mas os que tinham, depositavam no altar ou sobre o “pastor” (uma das cenas mais fortes que presenciamos. O “pastor” usando uma capa preta. Enquanto orava as pessoas colocavam dinheiro sobre ele). Testemunhamos pessoas pobres que depositavam todo o seu dinheiro com a esperança, prometida pelo “pastor” dirigente daquela sessão, de que Deus retribuiria em dobro. Ao presenciar esta “cena”, (uso a palavra cena porque parece um teatro) fiquei a pensar: Onde estou? Numa igreja ou numa casa de comércio? Quem são esses homens que prometem a prosperidade imediata para essas pessoas, são de fato pastores? Mas, o modelo de pastor proposto por Cristo é este?
Para esclarecer esses questionamentos recordei-me de duas passagens bíblicas. Uma referente ao templo e outra relacionada figura do pastor. A primeira é aquela que Jesus diz: “Tirem isso daqui! Não transformem a casa de meu Pai num mercado” (Jo 2, 16). A outra passagem bíblica é de Jo 10, 12-13, onde está escrito: “O mercenário que não é pastor, e as ovelhas não são suas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas. O mercenário foge porque trabalha só por dinheiro e não se importa com as ovelhas”. Sem comentários. Já diz o ditado: “Para um bom entendedor, meia palavra basta”.
Quanto à teologia pregada naquela sessão da Igreja “Universal” (nomenclatura própria da Igreja Católica Apostólica Romana. Católico em grego significa universal - At 1, 8) merece comentário. Percebi que o “pastor” tinha pouca formação teológica, pois não sabia nem se quer qual era a passagem bíblica do Bom Pastor. Em outro momento, chegou a fazer a seguinte afirmação: “Não confie em quem está ao seu lado. Todos querem seu mal, inclusive as pessoas de sua casa, de sua família”. Em algo o pastor tinha razão: não podia confiar nele, pois era um dos que estavam mais próximo de mim. As palavras proferidas pelo “pastor” são portadoras de sentimentos de desconfiança, tão presentes nos dias atuais.
Outra pregação do “pastor” deixou-me inquieto. Aos gritos, dizia: “Deus, você tem que fazer o milagre!”. Tais palavras ressoadas tocaram meu senso de humor, levando-me a sorrir interiormente. Como o “pastor” era cearense (ceará, estado marcado pela presença de grandes humoristas) pensei: quem sabe não é uma anedota. Estava errado. Por várias vezes repetiu a mesma expressão.
Penso que a mensagem do “pastor” não condiz com a teologia cristã. Esta reconhece que tudo o que recebemos é dom de Deus. Deus não é obrigado a realizar aquilo que não é de sua vontade. Pensa como o “pastor” quem acredita num deus manipulável. Não podemos fazer de Deus um “ídolo”, objeto de nossos caprichos. Não foi assim que Jesus nos ensinou a dirigir orações ao Pai. Pelo contrário, Jesus diz que deveríamos orar assim: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6, 10b). Jesus também rezou ao Pai diferente da oração daquele “pastor” da universal: “Meu Pai, se é possível, afasta-se de mim este cálice. Contudo, não seja feito como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26, 39b).
Quando lembro-me da oração proferida pelo “pastor”, não posso deixar de concordar com aquilo que disseram os apóstolos Paulo: “Nós não sabemos orar como convém” (Rm 8, 26) e Tiago: “E vocês pedem, mas não recebem, porque pedem mal, com intenção de gastar em seus prazeres. Idólatras! Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo é inimigo de Deus” (4, 3-4). Eis um questionamento: Em que acredita a Igreja Universal “Teós” ou “mamon”? É no Deus cristão ou no deus produzido pelo capitalismo neo- liberal?
A cobiça de possuir é uma idolatria (Cl 3, 5) que precisa ser exaurida de toda e qualquer prática religiosa disfarçada de cristianismo. A piedade cristã coloca Deus acima de todas as coisas passageiras deste mundo. Vejamos o que aconselhou o apóstolo Paulo ao bispo Timóteo: “É isso que você deve ensinar e recomendar. Pois, quem ensina coisas diferentes, que não concordam com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensinamento conforme a piedade, é cego, não entende nada, é doente à procura de discussões e brigas de palavras... Eles supõem que a piedade é fonte de lucro. De fato, a piedade é grande fonte de lucro, mas para quem sabe se contentar. Pois não trouxemos nada para o mundo, e dele nada podemos levar. Se temos o que comer e com que nos vestir, fiquemos contentes com isso. Aqueles, porém, que querem tornar-se ricos, caem na armadilha da tentação e em muitos desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastaram da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos” (1Tm 6, 2b-4a.6-10).
Caro amigo (a), a experiência de ter assistido a uma sessão da IURD levou-me a seguinte conclusão: “Sou muito feliz por ser Católico”.
Concluo este testemunho pedindo ao Senhor que derrame suas bênçãos sobre todos os irmãos da Igreja Universal do Reino de Deus para que possam conhecê-Lo tal como Ele é.

7 comentários:

Anônimo disse...

As 95 Teses de Martin Luther - 1517 A.D.
1 Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semi desespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas, “o que seria a mais justa de todas as causas”, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!
93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

Anônimo disse...

eu fui membro da igreja catolica, meu pai é um ex-padre de uma paroquia na argentina na Provincia de Mendoza, ele hoje é um pai de familia abençoado em todos os sentidos. Eu sou advogado da IURD ( Igreja Universal do Reino de Deus) e obreiro da mesma. Pelos relatos e conhecimentos que arrecadou (meu pai) nesses anos que esteve de sacerdote da igreja romana, voces sao podres por dentro, vazios, pregar um "evangelho ligth" pregam que o reino de Deus é conquistado com facilidades. Quando ia a igreja catolica, via as pessoas saindo da mesma manera, vazias, pertubadas, fumando, jovens perdidos. O meu pai diz que a igreja catolica é a prostituta, a meretriz espiritual. Prefiro seguir a biblia que seguir o papa.

Unknown disse...

porque o senhor jesus não impediu que uma viuva ¨pobre¨desse todo seu sustento como oferta? e os apóstolos porque não impediam que o povo vendesse campos e bens e depositassem aos seus pés? frei o senhor como ¨conhecedor¨da biblia deve saber que deus disse ¨roubará o homem à deus? todavia vós me roubais e dizeis em que te roubamos?¨ o senhor lembra a resposta de deus `a propia pergunta? nos dizimos e nas ofertas. to errado? creio que na sua biblia também está escrito assim . o senhor já teve coragem de mostrar isso às suas ¨ovelhas¨? o senhor ja teve coragem de dizer: seja curado em nome de jesus ou o senhor não tem essa fé? pois é acho que não é o pastor que ta enganando o povo. lembra que deus folo que o povo padece(passa fome,miseria,vive doente,atormentadas por espiritos imundos,etc...) por falta de conhecimento. me diz ai o senhror não tem conhecimento destas cousas ou falta coragem para falar a verdade ao povo. se essa obra não for de deus o senhor sabe que ela não prevalecera lembra disso também? pare epense antes de julgar alguém para que o senhor não esteja lutando contra o espirito santo como fizeram os religiosos com o senhor jesus eos apóstolos. sabe porque não citei os versiculos? pra o senhor tire a capa religiosa e de uma pesquisada na biblia se tudo que falei não é verdade. se forte e corajoso saia da caverna religiosa e pregue o reino de deus verdadeiramente, e terás tua recompensa no reino do pai eterno. que o senhor jesus lhe abençoe.

Anônimo disse...

Concordo com tudo que foi dito sobre a igreja universal,o que eu não entendo,por a critica,vocês praticam o que a Bíblia condena de Genesis a Apocalipse.IDOLATRIA,percebo que oFrei tem grande conhecimento teologico,mas se não praticar,será apenas conhecimento,pense nisso,não fique triste comigo,minha intenção é alertá-lo!

Anônimo disse...

Aconselho o Frei a continuar visitando as Igrejas evangelicas .

Anônimo disse...

sobre as 95 teses,para aceitar isso,só pode ser falta de conhecimento Bíblico,Roberto tenha a Bíblia como autoridade maxima,pois ela esta acima, do que você , chama de papa.

Anônimo disse...

Frei parabéns pelo artigo! Interessante como os protestantes se sentem agredidos e gostam de agredir. Como estão centrados em sua "verdade" que não percebem a VERDADE que salva e liberta. Em nenhum momento o senhor quis ou agrediu, mas senti nas palavras que li, dos comentários agressões ao senhor ou a Igreja Católica. Que Deus tenha paciência para com seu povo, especialmente o que achando ter encontrado Deus se perdem no mercado da fé. Eu ja fui da IURD e saí, pois até o que eu não tinha ja queria dar para o pastor e hoje continuo pobre na mesma. Quando comecei a acordar e abrir o olhos e me deixaram de lado, pois estava questionando muito. Hoje, o que se diziam meus amigos, irmãos da IURD nem falam mais comigo. Rezo sempre o terço pelos meus amigos que ficaram...para que encontrem o caminho certo.