"A melhor pregação é o testemunho"



Mas receberei a força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria, e até nos confins da terra (At 1,8).

O discípulo de Jesus não pode viver numa incoerência entre o “dizer” e o “fazer”. A salvação não é conquistada somente com discursos (dizer), mas com a prática (fazer), com o testemunho. Assim afirmou Jesus: “Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21) (grifos nossos).
Vivemos numa sociedade do discurso: político, ideológico, econômico, social e religioso. Na Igreja há muitos pregadores e poucas testemunhas. Falamos bastante de Jesus e de seu Evangelho e, no entanto, na vida o negamos com nossas atitudes. Louvamos o Cristo com palavras sofisticadas e o desprezamos nas relações fraternas. O Jesus que exaltamos nos púlpitos das Igrejas é o mesmo que é negado e traído na vida. Jesus nunca esteve tão presente em nossos lábios e ausente em nossos corações.
O Jesus dos nossos discursos é agradável, fácil de ser aceito. Porém, o Jesus a quem somos convocados a dar uma resposta verdadeira, concreta, aquele que se faz presente no irmão que sofre, esse é desprezado, cuspido, humilhado, não queremos nem vê-lo.
Crer em Deus (“Senhor, Senhor”) é mais do que afirmar sua existência, propagá-lo ou cumprir preceitos em nome dele, louvá-lo, bendizê-lo. Crer em Deus significa viver com Ele, para Ele e Nele. Aquele que anuncia Jesus não pode esquecer que antes de anunciá-lo é preciso viver como ele viveu.


PARA REFLETIR:
· Existe coerência entre o seu discurso e sua prática?
· Tenho pregado com minha vida os valores do Evangelho para que o mundo creia em Jesus?
· Como vivo a minha fé em Deus?
· Que tipo de discípulo você é, fiel ou infiel?
· Sou uma testemunha de Jesus ou uma pedra de tropeço para o irmão?
· Procuro viver aquilo que anuncio como valor?

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