“Deixa-me partir, a fim de que eu vá para o meu senhor” (Gn 24,56b)


Caríssimo frei Rubival Cabral Brito, digníssimo Ministro Provincial, prezados irmãos definidores: frei Liomar Pereira (vigário provincial) frei Florêncio Pecorari , frei Hélio dos Santos, frei Genilton Costa e Irmãos Menores da Província Nossa Senhora da Piedade de Bahia e Sergipe, Paz e Bem!

É chegada a hora de partir. A estadia foi acolhedora, agradável, mas é preciso peregrinar por outros torrões e corações. Levarei na bagagem da minha memória a recordação de cada momento e evento maravilhoso que partilhei com cada irmão desta amada Província dos Frades Menores Capuchinhos de Bahia e Sergipe. Com vocês, baianos, aprendi a dançar o “axé” da amizade e do amor no calor e no ardor da vida fraterna. Com os irmãos sergipanos sentei-me à mesa para partilhar e compartilhar o “cuscuz” da alegria franciscana. Tudo foi tão bom!

Parafraseando o poeta e político paraibano, Ronaldo Cunha Lima, antes de partir, eu faço uma denúncia: Todos vocês baianos e sergipanos são ladrões! Vocês roubaram o meu coração. Mas todos estão perdoados, pois, vocês me proporcionaram experimentar quatro anos de muitas felicidades e conquistas. Sou imensamente agradecido pelo carinho com que me acolheram e pelas oportunidades que vocês proporcionaram para que eu pudesse crescer na dimensão humana e espiritual.

Minha sincera gratidão ao Ministro Provincial, frei Rubival Cabral Brito por ter sido sempre uma presença amiga e motivadora. Seu jeito singelo e acolhedor e a sua competência são dignos de aplausos. Obrigado pelo acolhimento, pela amizade, pelo testemunho fraterno, pela palavra encorajadora, pelo abraço amigo, pelo seu coração terno e humilde que sempre há espaço para compadecer-se do irmão. O senhor foi um instrumento de Deus para edificar meu itinerário na vida religiosa. Como disse tantas vezes, o senhor continuará sendo o ministro do meu coração. Na minha bagagem de peregrino, levarei o “rubi”, pérola preciosa que encontrei nas minas baianas. Meus votos que o senhor, frei Rubival, possa em tudo prosperar.

Obrigado aos definidores da PROBASE: Frei Liomar Pereira, vigário provincial, frei Florêncio Pecorari, frei Hélio dos Santos e frei Genilton Costa. Por meio de cada um de vocês fui agraciado com orações, apoio, acolhimento e incentivo. Que Deus em sua infinita bondade possa retribuí-los com saúde e paz.

Agradeço carinhosamente à Fraternidade nossa Senhora da Piedade onde residi durante dois anos. Obrigado ao meu querido guardião frei José Geraldo. O senhor me ensinou pelo seu exemplo o valor de se viver as virtudes franciscanas da humildade e da simplicidade. Obrigado a todos os confrades do Convento da Piedade: Ao frei Marcelino pelas boas instruções que me deu; Ao frei Mário Sérgio pelas oportunidades pastorais que me proporcionou; Ao frei Francisco Carloni pelo seu exemplo de santidade; Ao frei Marcos pela sua disposição em me ajudar quando precisei; Ao frei Gregório pelo carinho e incentivo à minha vocação; Ao frei Luciano e frei Gilson pelos belos momentos que me proporcionaram; A frei José Luís pela amizade; Ao frei Gleizer por suas motivações para que eu pudesse viver melhor a vida franciscana; Ao frei Ulisses por todo o bem que realizou em minha vida. Agradecendo os confrades do Convento da Piedade faço questão de destacar o agradável irmão menor, frei Gabriel de Sapé. Com ele aprendi a distinguir o que é verdadeiramente uma fraternidade, diferenciado-a de uma simples comunidade. Que Deus em sua infinita bondade retribua todo o bem que vocês proporcionaram em meu benefício.

Obrigado à Fraternidade Frei Urbano onde conclui a etapa do pós-noviciado. Ao meu ex-formador e guardião, frei Hélio, meu muito obrigado pela amizade, pelo incentivo, pela confiança e parceria na formação. Agradeço ainda: Ao frei Jorge por ter transmitido de forma eficaz os conhecimentos teológicos; Ao frei Fernandes que é para mim um exemplo de cortesia franciscana; Ao frei Delvair pela sua disponibilidade em me auxiliar nos programas da Web Rádio Capuchinhos e em tantos momentos que foram precisos; Ao frei Johne por ter me auxiliado na aprendizagem dos ritos litúrgicos; Ao frei Giovanni, carinhosamente Gel, pela amizade e pela sua tão importante presença em minha existência. Quantas vezes eu disse: “Chega Gel!”, e o mesmo se apresentava com disposição para “amar e servir” os irmãos; Ao frei Marcos do Couto pelas oportunidades que me proporcionou para partilhar sobre a nossa vida franciscana; Ao frei Marcos Martins pelas vezes que me fez sorrir; Ao frei Alessandro com quem aprendi o valor da superação dos desafios; Ao frei Cristiano que me ensinou com seu exemplo a importância de viver a alegria franciscana; Ao frei Francisco José, um homem de respeito e de um valor “inenarrável”, por ter sido um companheiro fiel nas peregrinações pastorais; Ao frei João Luis com quem aprendi pelo seu exemplo o significado da devoção e da piedade. João, “Deus te abençoe meu irmão”. Agradeço ainda àquela que é a nossa irmã Jacoba da Fraternidade Frei Urbano, Lenice, pelos saborosos temperos que sempre preparou com tanto carinho.

Agradeço, portanto, a todos os frades que fazem parte da Província Nossa Senhora da Piedade de Bahia e Sergipe, por muitas vezes terem me acolhido em suas fraternidades. Foi um enorme prazer ter conhecido a cada um de vocês. Espero revê-los a cada primavera.

Irmãos baianos e sergipanos, deixo o “vagão” da PROBASE imensamente agradecido pela preciosa companhia de todos vocês no percurso da minha viagem. De hoje em diante, o território da minha Província se alarga, estendendo-se até a Bahia, pois o amor e a amizade desconhecem fronteiras.

Sei que não é fácil partir, principalmente quando tenho que deixar para trás tantos irmãos que conquistaram um grandioso espaço na esfera da minha existência. É no compasso da saudade que se encontram as batidas do meu coração. No entanto, o peregrino precisa continuar seu peregrinar pelos desertos do mundo até que um dia possa encontrar o seu lugar do descanso e da paz.

Até a próxima estação!

Ex toto corde (de todo o coração),

Frei Rufino Pinheiro, OFMCap.

Salvador, 01 de dezembro de 2011

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