"A criação sofre dores de parto" Rm 8, 22



Vivemos em uma sociedade destruidora, onde se queima as matas: mais de cem mil quilômetros quadrados de florestas já foram queimadas. Cresce a poluição dos rios, do ar e do solo. O ar puro, essencial para nossa vida, hoje pode significar uma ameaça devido à sujeira que apresenta. As conseqüências de tudo isto é a proliferação de doenças e a destruição da camada de ozônio. Localizada de 12 a 50 Km acima da terra, tem a função de filtrar os raios do sol. Isso indica que se continuarmos poluindo, sem nenhum controle, daqui a alguns anos não poderemos ter contato com os raios solar, pois queimaremos nossa pele.
A ganância da humanidade, doente pelo ter, esquece o ser e destrói a natureza, seus animais, sacrifica vidas humanas. O mercado econômico, alimentado pelo consumismo desenfreado, tendo os meios de comunicação como seu maior propagador, é um fator principal na ruína das filhas e filhos da criação, pois desperta nas pessoas necessidades não essenciais, além incentivar o gasto exagerado e extravagante de comida e bens de todos tipos. O consumismo incentiva uma cultura que vive o hoje, que não olha o passado e nem se preocupa com o futuro.
Vivemos em “mundo caim”, onde temos atitudes de falta de fidelidade, de amor e harmonia com a criação. O profeta Oséias já denunciava no seu tempo e incansavelmente dizia para os filhos de Israel, e fala para nós hoje: “Multiplica-se juramento falso e mentira, assassinato e roubo, adultério e violência; sangue derramado se junta a sangue derramado. Por isso, a terra geme e seus moradores desfalecem; as feras, aves do céu e até peixes do mar estão desaparecendo” (Os.4,2-3).
Esta denuncia do profeta não é indiferente à realidade da nossa sociedade. Marcada por um sistema capitalista gerador de relações de senhor e escravo, dominados e dominador, a sociedade atual, cria projetos de destruição, estabelece a desigualdade social: os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos.

Nenhum comentário: