
Nós não caminhamos sem saber para onde. Quem peregrina sem ter a consciência do objetivo de sua caminhada pode mais facilmente se perder nas encruzilhadas da vida. O peregrino é chamado a deixar seu mundo conhecido (o seu Egito) para partir para encontrar-se com seu Deus. Peregrinar é sair do Egito, símbolo da escravidão do pecado, da adoração dos vários ídolos para trilhar o caminho do deserto, símbolo da liberdade e do encontro com Deus.
O objetivo da caminhada é para Deus. É para servi-lo que enfrentamos os caminhos árduos da nossa existência. O coração de todo homem vive na inquietude, na ânsia da felicidade e pela infinitude. Esta angústia presente em cada ser humano só será sanada quando ele encontrar-se com seu Deus. É nele que encontra a felicidade, a sua plena realização.
Somos peregrinos do absoluto e não do relativo. Quem faz de seu peregrinar uma corrida para conquistar aquilo que é passageiro, efêmero, mutável, jamais encontrará o imutável: paz e felicidade.
Ir para Deus é fazer com que cada passo seja conforme a vontade do Pai (servir). Como o peregrino Jesus que não veio para fazer sua própria vontade, mas a do Pai (Jo 6, 38), assim também deve ser cada um de nós. Se a nossa peregrinação não consistir em servir ao Senhor, não tem sentido.
- Pensemos neste momento nas vezes que nos desviamos do verdadeiro Caminho, Jesus Cristo, que nos leva ao Pai.
- Pensemos nas vezes que fazemos das coisas relativas o absoluto da nossa busca.
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