“Eis que dois deles viajavam nesse mesmo dia para um povoado chamado Emaús, a setenta estádios de Jerusalém; e conversavam sobre todos esses acontecimentos. Ora, enquanto conversavam e discutiam entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles” (Lc 24, 13-15).A caminhada do peregrino é feita de encontros com o outro. Seu rosto torna-se mais completo quando se depara com a face do outro. O peregrino não é um EU isolado, indiferente, mas o que busca o contato com TU transcendente: Deus e Imanente: homem.
A caminhada se faz juntos. Abraão faz seu peregrinar na companhia de Sara; Moisés necessita da ajuda do seu irmão Aarão e da sua irmã Miriam; Davi para escapar dos perigos foi auxiliado por seu amigo Jônatas; Elias exerceu seu itinerário profético juntamente com o profeta Eliseu; Jesus constituía uma comunidade para conviver e pregar com ele; Jesus envia para a missão dois á dois; Maria cumpre a sua missão com o apoio de José; Paulo faz sua peregrinação missionária na companhia de Barnabé; Pedro exerce seu ministério tendo o auxílio de Marcos.
O peregrinar juntos favorece vencer os obstáculos encontrados no caminho. O peregrinar na companhia de outro, implica em ajudá-lo em sua travessia. Peregrinar è: torna-se próximo do outro, retirá-lo de sua solidão, ser solidário com suas alegrias e tristezas; repartir o que somos e temos. Peregrinar é acolher o outro com alegria na hospedaria do nosso coração.
A caminhada se torna mais edificante, alegre, suportável quando aprendermos a caminhar juntos como irmãos e não como inimigos.
O Melhor companheiro dessa caminhada é Jesus. Como peregrino ele se aproximou dos discípulos de Emaús e continua a se aproximar de nós. reconhecê-lo e acolhê-lo em nosso peregrinar é indispensável. Com Jesus nossa peregrinação encontra sentido. Na sua companhia somos fortalecidos. Demos espaço para que Jesus possa se aproximar de nós e então faremos uma caminhada transformadora.
- Pensemos em nossa caminhada eclesial: estou aberto para acolher o irmão que quer caminhar comigo? Como vejo o outro: companheiro, amigo, irmão ou inimigo? Sou uma ponte que ajuda outro a fazer sua travessia ou um muro que o impede de prosseguir em sua caminhada?
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