
A mensagem de Jesus é genuinamente libertadora. Ele veio para libertar (Lc. 4, 18-19). Os portadores da mensagem do Reino de Deus estão imbuídos de pôr em prática o mandato missionário de Jesus: “Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios” (Mt. 10, 8).
Viver isso, hoje, significa muito mais do que fazer orações de cura e libertação, revitalizar mortos, exorcizar “demônios”.Trata-se de curar as causas das doenças maléficas enraizadas no coração do mundo, como: a fome, a desnutrição, a falta de moradia digna para os pobres. É lutar para que a vida não seja mutilada, ceifada por grupos prepotentes que objetivam o domínio do poder econômico. É promover condições básicas que possa incluir os pobres no convívio social. É expulsar o mal estruturado nas instituições políticas, econômicas, sociais, religiosas, etc.
Quando assumirmos esse compromisso para com aqueles que são considerados pelo mundo como os últimos, mas para Deus os primeiros ( Mt. 20, 16), estaremos fazendo uma experiência com o Deus dos pobres.

O Filho de Deus se fez solidário da humanidade, encarnando-se na história, optando a viver como e com os pobres. Nasce num lugar desapropriado, pois não havia lugar que pudesse acolher os seus pais (Lc. 2, 7). Vive como peregrino (Mt. 8, 20). Na cruz, identifica-se com todos os que sofrem, os que passam necessidade: sente sede (Jo. 19, 28), estava desprovido de suas vestes (Jo. 19, 23-24), sente-se abandonado (Mt. 27, 46).
Em Jesus Deus se revelou. Hoje, Ele continua a se revelar em nossas histórias concretas, em cada um dos rostos marcados pelo abandono.
Encontrar-se com o pobre e acolhê-lo, amá-lo, é fazer a experiência do encontro com o Cristo que quer ser acolhido e amado na pessoa do pobre.
É no mundo periférico, onde estão os pobres, que podemos fazer uma verdadeira experiência profética de Deus. Essa experiência no permitirá conhecer o Cristo que passa fome, sede, estrangeiro, nu, doente, carcerário (Mt. 25, 35-36).
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